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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar os possíveis impactos do transporte de minério de ferro na cidade de Ladário, localizada a 457 km de Campo Grande. O inquérito, conduzido pela 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, foi publicado no Diário Oficial do MPMS na última quarta-feira (24) e atende a diversas denúncias feitas por moradores sobre problemas de poluição e saúde.

Denúncias e impactos na população

Residentes da rua Frei Liberato e região encaminharam um ofício ao MPMS, contendo mais de 30 assinaturas, relatando os transtornos causados pelo intenso fluxo de caminhões carregados com minério. Entre os principais problemas apontados estão:

  • Excesso de poeira: causando irritação nos olhos, dificuldades respiratórias e acúmulo de resíduos nas residências.
  • Poluição sonora: ruídos excessivos dos veículos afetando a qualidade de vida dos moradores.
  • Problemas de saúde: aumento de doenças respiratórias, sangramentos nasais e coceiras na pele.

Laudo comprova os problemas

Uma perícia realizada pelo Núcleo Regional de Criminalística confirmou os impactos apontados pelos moradores. O documento destacou que a pulverização de água para conter a poeira tem sido ineficaz, gerando apenas a formação de lama e dificultando a mobilidade na região.

Os principais achados do laudo incluem:

  • Dispersão de poeira: prejudicando a visibilidade e comprometendo a qualidade do ar.
  • Formação de lama: gerando riscos de acidentes e dificuldades no deslocamento.
  • Ruídos acima do permitido: causando estresse e distúrbios do sono.
  • Danos ambientais: deposição de resíduos minerais na vegetação e contaminação de cursos d’água.

Medidas adotadas pelo MPMS

Diante dos indícios de impactos negativos para a saúde e meio ambiente, o Ministério Público determinou a realização de novas perícias e solicitou à Prefeitura de Ladário informações sobre o caso. O objetivo é identificar responsáveis e adotar providências que minimizem os danos à população e ao ecossistema local.

As investigações continuam e novas medidas podem ser anunciadas em breve.

Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=150058