
O Governo Federal anunciou a isenção do imposto de importação para nove categorias de alimentos, com o objetivo de conter a inflação no setor. No entanto, especialistas apontam que a medida não terá impacto no preço da carne em Mato Grosso do Sul.
Por que o Preço da Carne Não Deve Cair?
A isenção do imposto se aplica a produtos que já são amplamente exportados pelo Brasil, como carnes, milho e açúcar. Como o custo da carne brasileira é inferior ao de outros países, importar esse produto se torna economicamente inviável. Dessa forma, a medida não influencia o valor do produto no mercado interno.
Alimentos Incluídos na Isenção de Imposto
Além da carne, outros alimentos tiveram suas alíquotas de importação zeradas, incluindo:
- Azeite (antes 9%)
- Milho (7,2%)
- Óleo de girassol (até 9%)
- Sardinha (32%)
- Biscoitos (16,2%)
- Macarrão (14,4%)
- Café (9%)
- Açúcar (até 14%)
A intenção do governo é reduzir os preços para os consumidores sem prejudicar os produtores nacionais. Entretanto, a efetividade da medida ainda está sendo analisada por especialistas do setor.
Inflação e Aumento no Custo da Cesta Básica
Mato Grosso do Sul tem registrado sucessivos aumentos no preço dos alimentos, deixando a capital, Campo Grande, entre as cinco cidades com a cesta básica mais cara do país. Em 2023, a inflação de alimentos na cidade atingiu 11,3%, impactando diretamente o orçamento das famílias.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Campo Grande registrou um acumulado de 5,06% no último ano somente no setor de alimentos, reforçando a preocupação com a alta nos custos dos produtos essenciais.
Impacto no Dia a Dia da População
Os consumidores seguem sentindo o peso da inflação no bolso, especialmente no custo das proteínas, como carne e frango. Mesmo com a retirada do imposto de importação de alguns itens, muitos relatam que os preços continuam elevados e que a medida pode não trazer alívio imediato ao orçamento doméstico.
Diante desse cenário, economistas recomendam buscar alternativas, como aproveitar promoções e diversificar o consumo de proteínas mais acessíveis, para minimizar os impactos da alta nos preços dos alimentos.
Fonte: https://www.campograndenews.com.br/economia/zerar-imposto-de-importacao-nao-tera-impacto-no-preco-da-carne-em-ms