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Na terça-feira, 24 de setembro de 2024, a Polícia Federal lançou a Operação Libertad com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada no tráfico e contrabando de migrantes bolivianos. Esses migrantes eram levados para trabalhar em oficinas clandestinas de confecção, sendo submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão.

A operação ocorreu em cinco cidades: São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Ribeirão das Neves (MG), Belo Horizonte (MG) e Corumbá (MS). Durante a ação, foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram emitidas 16 medidas cautelares para impedir os investigados de saírem do Brasil, e 26 atividades comerciais foram suspensas.

As investigações revelaram que a quadrilha recrutava migrantes bolivianos por meio de redes sociais e rádios online. Prometiam empregos no Brasil, mas ao chegarem, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, sem direitos trabalhistas e em condições degradantes.

A Operação Libertad conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Defensoria Pública da União. Seu foco principal é combater crimes de contrabando de migrantes, tráfico internacional de pessoas e trabalho escravo. A Polícia Federal reafirmou o compromisso de proteger os direitos humanos e combater a exploração de trabalhadores.

O acordo de cooperação internacional entre Brasil e Bolívia, firmado em junho de 2024, fortaleceu as ações contra o tráfico de pessoas. Este acordo visa proteger migrantes vulneráveis e enfraquecer redes criminosas que lucram com a exploração humana.