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Os policiais civis de Mato Grosso do Sul iniciaram, nesta quinta-feira (19), uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias. A interrupção dos serviços começou às 8h e se estenderá até o mesmo horário na sexta-feira (20). A ação faz parte da campanha salarial da categoria, organizada pelo Sinpol-MS.

O movimento, iniciado no final de agosto, visa pressionar o governo estadual a cumprir promessas de valorização salarial e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. O Sinpof (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses) também aderiu ao protesto.

Serviços Essenciais Mantidos

Durante a paralisação, os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito, continuarão funcionando. O Sinpol-MS garantiu que a segurança pública será preservada e que os casos mais urgentes serão atendidos durante a mobilização.

Reivindicações dos Policiais Civis

Os policiais civis exigem um reajuste de 28% no subsídio, buscando alcançar a sexta posição no ranking salarial nacional. Além disso, demandam o aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, a implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados, e adicional de fronteira.

Proposta do Governo Estadual

O secretário de Administração do Estado, Frederico Felini, informou que o governo mantém a proposta inicial de incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200, conforme a posição do policial na carreira. Para as remunerações mais baixas, haveria um abono de R$ 150, visando compensar descontos previstos na folha de pagamento. Essa medida beneficiaria cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.

Felini destacou que essa iniciativa pode resultar em um aumento real de 8%, e afirmou que o governo está disposto a atender as demandas dos policiais. No entanto, os servidores também reivindicam um auxílio-saúde semelhante ao concedido recentemente aos delegados, além de um aumento salarial de 18%.

Outra proposta mencionada por Felini é a possibilidade de encurtar a progressão na carreira dos policiais, eliminando a fase inicial, que atualmente oferece a menor remuneração de R$ 5,7 mil, elevando o piso dos agentes para R$ 6,3 mil. Isso beneficiaria cerca de 300 a 400 pessoas.

Próximos Passos

O secretário informou que, no momento, não há condições para um escalonamento gradual da remuneração, apontando que essa medida exigiria previsões orçamentárias. A categoria deve avaliar a proposta do governo estadual em assembleia e definir os próximos passos da mobilização.