3 min 9 meses

O sindicato que representa os policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiu, em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (02), seguir a determinação judicial e retomar suas atividades. Após reivindicações por melhorias, a categoria volta ao expediente normal nesta quinta-feira (03).

Alexandre Barbosa da Silva, presidente do Sinpol (Sindicato Estadual dos Policiais), divulgou um vídeo nas redes sociais explicando a decisão.

“Fui abordado por um oficial de justiça recentemente, com uma liminar que declarou ilegal a ação. Nosso departamento jurídico vai recorrer, pois o documento classifica a ação como greve, quando, na verdade, se tratava de uma paralisação de 12 horas. Para proteger os profissionais de possíveis sanções administrativas, decidimos suspender a ação prevista para quinta-feira”, afirmou.

Silva ressaltou que a suspensão é válida apenas para os atos em frente às delegacias, mas informou que uma nova assembleia será convocada para discutir uma nova proposta a ser apresentada ao governo. “Por enquanto, estamos apenas interrompendo a paralisação, mas a mobilização continua. Em breve retomaremos nossas atividades de reivindicação”, concluiu.

Entenda o caso

Na quarta-feira (02), o Judiciário determinou que os serviços nas delegacias de Polícia Civil não deveriam ser interrompidos, para evitar prejuízos à população. O desembargador Nélio Stábile emitiu um parecer favorável ao Estado, que alegou a ilegalidade do movimento com base na tese do STF (Supremo Tribunal Federal), que proíbe greves de servidores da área de segurança pública.

O governo estadual argumentou nos autos que a categoria havia decidido em assembleia geral no dia 27 de setembro pela paralisação de 12 horas diárias, das 8h às 20h, mas sem notificação formal à administração pública. A ação visava pressionar o governo a atender demandas salariais, após uma suspensão de atividades no mês de setembro, conforme destacou a defesa.

O delegado-geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone, foi procurado pela reportagem e informou que esperava o cumprimento da decisão judicial. Questionado sobre possíveis ações em caso de descumprimento, ele respondeu: “Aguardaremos o caso concreto”.

Edição: Campo Grande News

Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=147261