
Um mapeamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) revelou um crescimento expressivo dos casos de dengue e chikungunya nas regiões rurais do estado. O levantamento tem como objetivo identificar os principais focos de transmissão, permitindo que as equipes de saúde adotem medidas mais eficazes e adaptadas às características de cada localidade.
O aumento da incidência dessas doenças nas zonas rurais preocupa as autoridades, pois a extensão territorial dessas áreas dificulta a implantação de estratégias de controle e amplia os desafios na prevenção e combate aos surtos.
Distribuição dos Casos de Dengue
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os casos de dengue estão amplamente distribuídos em 19 assentamentos, 17 aldeias e 130 fazendas e sítios. A ausência de endereçamento preciso em algumas localidades representa um desafio adicional, exigindo um monitoramento detalhado e estratégico.
Os municípios com maior número de casos confirmados na área rural incluem Miranda (53), Aquidauana (19), Sete Quedas (11), Chapadão do Sul (8), Aparecida do Taboado (8), Paraíso das Águas (7) e Ribas do Rio Pardo (6). Em Miranda e Aquidauana, a maior concentração de casos foi registrada em aldeias indígenas, evidenciando a necessidade de atenção especial a essas comunidades.
Crescimento da Chikungunya na Zona Rural
Os casos de chikungunya também preocupam e foram confirmados em diversas localidades. Entre os municípios com maior incidência estão Maracaju (19), Tacuru (8), Dois Irmãos do Buriti (7), Bonito (6) e Pedro Gomes (5). Em Maracaju, 22,6% das notificações para a doença tiveram resultado positivo.
Casos também foram registrados nas áreas rurais de Sonora (1), Paranaíba (2), Ponta Porã (1), Dourados (1), Vicentina (1), Amambai (1) e Itaquiraí (1). Um óbito em decorrência da doença foi confirmado na zona rural de Dois Irmãos do Buriti.
Medidas de Controle e Prevenção
Diante do avanço das doenças, a SES orienta os municípios a reforçarem campanhas de conscientização e mutirões para eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti. Além disso, as unidades de saúde devem intensificar o atendimento nas regiões mais afetadas.
O monitoramento dos casos continuará de forma rigorosa, com o reforço da parceria entre estado e prefeituras para fortalecer as ações de prevenção e controle. A mobilização da população também é essencial para impedir a proliferação do mosquito transmissor e minimizar os impactos das doenças.
Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=150141