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A comoção tomou conta da comunidade escolar em Curitiba após o falecimento da professora Silvaneide Monteiro Andrade, vítima de um infarto fulminante na última sexta-feira (30), dentro do Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet.


⚠️ Pressão por Metas e Ambiente de Estresse

Segundo informações, a educadora teria passado mal após ser cobrada em relação ao desempenho em plataformas educacionais, situação que evidencia o nível elevado de estresse ao qual muitos profissionais da educação vêm sendo submetidos. A tragédia reacendeu o debate sobre o atual modelo de gestão baseado em metas e produtividade, frequentemente apontado como desumano e insustentável para os trabalhadores da rede pública.


⛔ “Semana de Plataforma Zero”: Sindicato Anuncia Protesto

Em resposta à fatalidade, o sindicato da categoria declarou uma greve de plataformas, iniciando nesta segunda-feira (2) e seguindo até o dia 6 de junho. Durante esse período, os docentes se recusam a utilizar os sistemas digitais de ensino como forma de protesto contra as metas consideradas excessivas e as condições inadequadas de trabalho.

Além disso, estão sendo organizadas ações simbólicas em memória da professora e em denúncia ao ambiente opressor dentro das escolas. No dia 7 de junho, uma assembleia estadual será realizada para deliberar os próximos passos do movimento, incluindo a possibilidade de paralisações mais amplas.


🏛️ Reações Políticas e Exigência por Esclarecimentos

O caso também teve repercussão na esfera política. Representantes da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná protocolaram um requerimento solicitando informações à Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR). A intenção é obter detalhes sobre a carga de trabalho imposta aos docentes e apurar a possível relação entre o ambiente escolar e o ocorrido.


📄 Posicionamento Oficial e Investigação

A Secretaria de Estado da Educação divulgou uma nota oficial lamentando o ocorrido, informando que uma equipe de apoio psicológico foi encaminhada à unidade escolar para prestar suporte a professores, estudantes e funcionários. A Polícia Científica do Paraná está encarregada de apurar as circunstâncias do falecimento. Até a conclusão do laudo, nenhuma causa oficial foi confirmada.

Uma atualização feita nesta segunda-feira (3) corrigiu uma informação anterior: ao contrário do que foi divulgado, a Secretaria não mencionou qualquer assistência à família da professora em sua nota oficial.

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2025/06/02/sindicato-inicia-greve-de-plataforma-apos-morte-de-professora-dentro-de-escola/