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Com uma reação fulminante no segundo tempo, o Verdão reverteu um placar de 2 a 0 e assumiu a ponta do Brasileirão. Já o Tricolor, além de lamentar a derrota, saiu de campo na bronca com decisões cruciais da arbitragem e com a violência em campo.

Um primeiro tempo de domínio Tricolor

Em uma tarde de domingo que teve todos os ingredientes de um grande clássico — virada espetacular, rivalidade e muita polêmica —, o Palmeiras derrotou o São Paulo por 3 a 2 no Morumbis, em partida válida pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado, que alçou o Verdão à liderança provisória, foi construído com uma reação impressionante, mas ficou marcado por decisões controversas e lances ríspidos que esquentaram o clima do início ao fim.

A reação Alviverde e a primeira controvérsia

O primeiro tempo deu a impressão de que a vitória são-paulina seria construída com autoridade. Diante de mais de 36 mil torcedores, o Tricolor se impôs e abriu uma vantagem de 2 a 0 no placar, com gols de Luciano, aos 14 minutos, e do atacante Gonzalo Tapia, aos 34. A equipe comandada por Hernán Crespo controlava o jogo e parecia ter o resultado nas mãos ao descer para o vestiário.

VAR no centro do palco e tensão crescente

Contudo, a etapa final transformou o roteiro do clássico. O Palmeiras voltou com outra postura e iniciou sua reação aos 24 minutos com Vitor Roque. O gol, no entanto, foi o primeiro grande foco de polêmica: o lance foi revisado por vários minutos pelo VAR por uma possível posição de impedimento, mas acabou sendo validado. O clima, que já era tenso, ficou ainda mais acirrado após uma entrada dura de Andreas Pereira em Dudu, lance que gerou muita reclamação por um cartão vermelho direto, mas foi punido apenas com o amarelo. Pouco depois, Flaco López empatou a partida, estabelecendo um novo cenário de tensão.

O pênalti não marcado que incendiou o Morumbis

O momento de maior controvérsia ainda estava por vir. Com o placar em 2 a 2, o São Paulo reclamou de um pênalti em Gonzalo Tapia, que teria sido derrubado na área. Os jogadores e a comissão técnica tricolor pediram veementemente a marcação da penalidade, mas, após a checagem do VAR, o árbitro de campo mandou o jogo seguir. A decisão inflamou os ânimos no Morumbis e se tornou o principal foco de queixa da equipe da casa após o apito final.

Liderança e lamentação na tabela

Como se o roteiro já não fosse dramático o suficiente, o castigo para o São Paulo veio aos 43 minutos. Em um cruzamento preciso, Ramón Sosa subiu para cabecear e marcar o gol da virada alviverde, selando a vitória em um jogo que será lembrado tanto pela reação do Palmeiras quanto pelo debate sobre a arbitragem. O resultado deixa o Verdão na liderança provisória com 55 pontos, enquanto o São Paulo estaciona nos 38 pontos, lamentando os gols sofridos e, principalmente, as polêmicas decisões dentro e fora da sala do VAR.

Edição: Mateus Henrique dos Santos França.