
O Brasil enfrenta uma preocupante onda de intoxicações por metanol, uma substância altamente tóxica usada de forma ilegal na adulteração de bebidas alcoólicas. Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, o país já contabiliza 36 casos confirmados — um aumento de quatro em relação ao boletim anterior divulgado na segunda-feira (13).
O número de mortes confirmadas também subiu, passando de cinco para sete. Destas, cinco ocorreram em São Paulo e duas em Pernambuco, indicando que o problema se espalha por diferentes regiões do país.
Casos suspeitos e mortes sob investigação
Além das confirmações, 156 casos seguem em investigação e 362 foram inicialmente considerados suspeitos, mas acabaram descartados após análise laboratorial. Ainda há 11 óbitos sendo examinados, que podem elevar o total de vítimas fatais nos próximos dias.
As autoridades reforçam que o consumo de bebidas sem procedência conhecida representa risco grave à saúde, já que o metanol é uma substância usada em solventes e combustíveis, e sua ingestão pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.
Governo intensifica ações de monitoramento
Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde mantém monitoramento contínuo por meio da Sala Nacional de Situação, acompanhando novas notificações e articulando medidas com os estados para reforçar a fiscalização e o controle da venda de bebidas irregulares.
O órgão também recomenda que a população evite consumir bebidas de origem desconhecida e denuncie qualquer suspeita de adulteração aos órgãos de vigilância sanitária locais.
Entenda o perigo do metanol
O metanol é um tipo de álcool não indicado para consumo humano. Mesmo pequenas quantidades podem causar intoxicação severa, levando a danos neurológicos permanentes e, em casos mais graves, à morte. Em bebidas adulteradas, ele costuma ser usado para baratear custos de produção ilegal, tornando o produto extremamente perigoso.
Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=153517