A Reforma Tributária trouxe mudanças importantes que vão impactar diretamente quem está no Simples Nacional. Embora o regime tenha sido mantido, novas exigências e ajustes começam a valer já a partir de 2026, marcando o início do período de transição para o novo modelo de cobrança de impostos no Brasil.
Transição começa em 2026
O ano de 2026 será dedicado à fase de adaptação. As empresas ainda continuarão recolhendo o DAS normalmente, mas terão que se preparar para as novas obrigações fiscais que virão junto com o novo sistema.
A cobrança efetiva dos novos tributos começa em 2027, com adaptação completa prevista até 2033.
O que muda na prática
Atualmente, o Simples concentra vários impostos em uma única guia. Com a reforma, os tributos ICMS, ISS, PIS e Cofins deixarão de existir e serão substituídos por:
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços)
Quem está no Simples terá duas opções:
✅ Continuar pagando tudo dentro do DAS, como hoje
✅ Ou recolher IBS e CBS separadamente (“por fora”), como grandes empresas
Essa decisão exigirá planejamento tributário para evitar aumento de custos.
Novas obrigações e maior fiscalização
Com a modernização do sistema, as empresas precisarão:
- Atualizar emissores de nota fiscal com os novos campos para IBS e CBS
- Ajustar cadastro de produtos e serviços (NCM/NBS)
- Definir se vão optar pelo modelo “por dentro” ou “por fora”
- Se preparar para maior transparência na tributação
- Ter suporte contábil mais especializado
Na prática, o regime tende a ficar um pouco menos simples para quem optar pelo recolhimento separado, já que haverá mais obrigações acessórias.
MEI também será afetado
Quem atua como MEI também precisará se adaptar:
- A partir de 2027, a emissão de nota fiscal será obrigatória em todas as vendas, inclusive para pessoa física;
- O valor fixo mensal do MEI será gradualmente reduzido até chegar a R$ 3 em 2033, mas o controle fiscal será intensificado.
Quem não se preparar pode pagar mais
Embora o governo prometa neutralidade tributária, o impacto final vai depender da escolha do empresário. Quem optar pelo recolhimento “por fora” sem planejamento pode acabar arcando com carga maior. Já quem se preparar e entender o modelo poderá até reduzir custos futuros — principalmente em negócios B2B.
O que os pequenos negócios devem fazer agora
- 📌 Atualizar sistemas fiscais
- 📌 Organizar documentação e cadastro de produtos
- 📌 Buscar orientação contábil
- 📌 Analisar perfil de clientes
- 📌 Se antecipar para 2027
Fonte: https://noticias.r7.com/prisma/conta-em-dia/simples-nacional-o-que-muda-com-as-novas-regras-da-reforma-tributaria-a-partir-de-2026-28102025