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Trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado em nove estados brasileiros. O movimento teve início na quarta-feira, dia 17, como forma de protesto contra medidas adotadas pela estatal e pela ausência de um acordo coletivo atualizado com reajuste salarial para a categoria.

A paralisação foi confirmada por sindicatos que representam trabalhadores nos estados do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Maioria dos sindicatos não aderiu ao movimento

Apesar da mobilização em diferentes regiões do país, a greve não conta com adesão da maior parte das entidades sindicais. Dos 36 sindicatos que representam os empregados da estatal, 24 optaram por não participar da paralisação, o que mantém grande parte do efetivo em atividade.

Segundo dados operacionais, aproximadamente 91% dos trabalhadores seguiram em serviço no primeiro dia do movimento, o que permitiu a manutenção do funcionamento das agências e das entregas em âmbito nacional.

Serviços seguem em funcionamento com plano de contingência

Mesmo com a greve em andamento, os Correios adotaram medidas contingenciais para evitar prejuízos à população. As ações foram planejadas para garantir a continuidade dos serviços considerados essenciais, minimizando possíveis impactos operacionais decorrentes da paralisação parcial.

Até o momento, a empresa mantém o atendimento regular ao público e a logística de entregas em todas as regiões do país.

Negociação coletiva segue em debate

Durante as discussões envolvendo a categoria, foi apresentada uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com vigência para o período de 2025 a 2026. O modelo prevê duração de dois anos e busca preservar benefícios já existentes, além de garantir estabilidade e continuidade das relações de trabalho em um cenário econômico considerado desafiador para a estatal.

O acordo coletivo é um instrumento que estabelece regras específicas entre empregados e empresa, sem efeitos sobre outras categorias profissionais.

Principais reivindicações dos trabalhadores

Entre os principais pontos defendidos pelos sindicatos que aderiram à greve estão a recomposição salarial com base na inflação, a manutenção de direitos históricos previstos em acordos anteriores e melhorias em benefícios trabalhistas.

Também fazem parte das reivindicações adicionais o aumento do percentual pago nas férias, maior remuneração para trabalho aos fins de semana e a concessão de um benefício financeiro adicional no fim do ano.

Cenário segue em acompanhamento

A greve permanece por tempo indeterminado, enquanto negociações continuam em discussão. A adesão parcial e a adoção de medidas operacionais têm evitado, até agora, impactos mais severos nos serviços postais, mas o cenário segue sendo monitorado em todo o país.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brasil/trabalhadores-dos-correios-entram-em-greve-em-9-estados/