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Pesquisadores confirmaram, em 12 de julho, um achado inédito no Maciço do Urucum, em Corumbá (MS): a presença ativa de um casal de harpias (Harpia harpyja), considerada a maior águia do planeta. O registro, feito após mais de um ano de expedições, representa um marco para a ciência e para a preservação da espécie no Pantanal.

A maior águia do planeta

As harpias são aves de rapina que impressionam pelo porte. Podem alcançar até 2,20 metros de envergadura e pesar mais de 11 quilos, sendo não apenas a maior do Brasil, mas também uma das mais poderosas do mundo. Apesar de sua imponência, estão cada vez mais raras fora da Amazônia e da Mata Atlântica, tornando a descoberta em solo pantaneiro ainda mais significativa.

Retorno após mais de uma década

A última vez que a espécie havia sido registrada em Corumbá foi em 2012. Treze anos depois, a nova expedição focada no período reprodutivo confirmou não apenas a presença das aves, mas também a reprodução ativa — sinal de que a região oferece condições essenciais para a sobrevivência desse predador do topo da cadeia alimentar.

Refúgio natural no Maciço do Urucum

A confirmação da reprodução da harpia indica que as formações florestais e montanhosas do Maciço do Urucum ainda funcionam como redutos seguros para espécies ameaçadas. Esses ambientes preservados oferecem abrigo, alimento e refúgio, permitindo que a maior águia do mundo encontre condições para perpetuar sua espécie.

Um marco para a conservação

A harpia está na lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção. Sua presença no Pantanal é um sinal positivo de equilíbrio ambiental e reforça a necessidade de preservar as áreas de floresta que resistem à pressão do desmatamento. A descoberta serve como alerta e, ao mesmo tempo, como esperança para a conservação da biodiversidade pantaneira.

Fonte: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/09/03/maior-aguia-do-planeta-quase-extinta-tem-misterio-revelado-no-pantanal.ghtml