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Estudos recentes revelam um cenário preocupante para o Pantanal, com uma redução significativa da umidade na região sul. Dados coletados por imagens de satélite entre os anos de 2020, 2024 e 2025 mostram que a seca tem se intensificado progressivamente, aumentando o risco de grandes incêndios nos próximos meses.

Comparativo das Secas: 2020 x 2024

Os dados indicam que a estiagem de 2024 foi ainda mais severa do que a de 2020. No entanto, apesar da falta de água, a área queimada no bioma em 2024 foi 2 milhões de hectares menor que em 2020, o que sugere que fatores adicionais possam ter influenciado a menor incidência de queimadas.

Diferenças Climáticas Entre Norte e Sul

Desde 2020, observa-se uma desigualdade na distribuição das chuvas entre as regiões norte e sul do Pantanal. As sub-bacias da parte norte têm recebido volumes expressivos de água, enquanto o sul sofre com um déficit hídrico preocupante. Esse desequilíbrio foi ainda mais evidente em 2024, quando o norte do bioma enfrentou inundações severas, levando diversos municípios a decretarem estado de emergência em janeiro.

Enquanto isso, o sul do Pantanal segue com escassez hídrica, comprometendo a resistência da vegetação aos períodos secos e elevando o risco de incêndios de grandes proporções.

Projeções para 2025

A chegada de chuvas mais intensas na parte sul do Pantanal pode mudar esse cenário, promovendo inundações e aumentando a umidade da vegetação. A grande dúvida é se o volume de água acumulado no norte será suficiente para amenizar a seca no sul e reduzir os riscos de queimadas.

Os modelos climáticos apontam para um padrão semelhante ao de 2024, influenciado pelo fim do fenômeno La Niña e pela continuidade da fase Neutra no Oceano Pacífico. Esses fatores interferem diretamente no regime de chuvas do Pantanal e tornam incerta a previsão para incêndios.

Medidas Preventivas São Essenciais

Com o avanço da seca, especialistas reforçam a importância de medidas de prevenção e monitoramento contínuo para minimizar os impactos ambientais e sociais. O acompanhamento dos próximos meses será determinante para avaliar se a umidade acumulada no norte será capaz de aliviar a crise hídrica no sul, protegendo a biodiversidade e as comunidades que dependem do ecossistema pantaneiro.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/pesquisa-aponta-queda-na-umidade-do-pantanal-e-maior-risco-de-incendios-em-2025