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A suspensão da liminar que determinava ações emergenciais na ponte sobre o rio Paraguai reacendeu a preocupação em Corumbá. Mais do que uma obra de engenharia, a estrutura é a única ligação terrestre do município com o restante do país. Qualquer instabilidade ali coloca em risco o fluxo de pessoas, mercadorias, saúde, abastecimento e serviços essenciais.


🔎 Ponte é Estrada de Sobrevivência, Não Apenas Infraestrutura

A ponte representa o eixo vital da cidade. Por ali passam ambulâncias, alimentos, estudantes, trabalhadores e todo o transporte de insumos que abastecem Corumbá. Quando surgem sinais de desgaste, a discussão extrapola o campo técnico: trata-se de segurança pública e proteção coletiva.


⚖️ Suspensão da Liminar Traz Alívio Administrativo, Mas Aumenta a Incerteza

A medida judicial suspendeu reparos emergenciais por ausência de laudo formal e dificuldade em cumprir prazos curtos. No entanto, deixou sem resposta o principal ponto: há ou não risco imediato para quem atravessa diariamente a ponte?

Sem a obrigação de execução rápida, também desaparece a pressão por providências urgentes.


⚠️ Riscos Estruturais Exigem Ação Preventiva Imediata

A decisão anterior determinava reforço de sinalização, controle do tráfego pesado e reparos preliminares — medidas preventivas autorizadas pelo princípio da precaução. A suspensão reduziu o senso de urgência justamente quando fissuras, buracos e vergalhões aparentes já haviam sido identificados.

Essas ações emergenciais não dependem de longa burocracia, apenas de gestão e responsabilidade administrativa.


🏛 Estado, União e Município Têm Responsabilidade Compartilhada

Mesmo sendo patrimônio da União, a Constituição estabelece que preservar vidas e garantir segurança no trânsito é dever conjunto de todos os entes federativos. A discussão sobre competência jurídica não pode se sobrepor ao direito fundamental da população de circular com segurança.


🌉 Isolamento Real: Se a Ponte Falhar, Corumbá Fica Sem Acesso

Com a ausência de voos comerciais e apenas uma estrada de entrada e saída, qualquer interdição da ponte significaria isolamento logístico e econômico. O impacto seria imediato e devastador para o comércio, o turismo, a saúde e a mobilidade da população.


✅ Medidas Mínimas Poderiam Evitar Cenário de Colapso

Enquanto o processo formal segue seu curso, seria possível manter providências preventivas, como:

  • Fiscalização do peso dos caminhões
  • Interdição de faixas mais desgastadas
  • Sinalização reforçada
  • Monitoramento permanente

São ações rápidas, de baixo custo e essenciais para segurança.


🔚 Urgência Não Pode Aguardar Rito Burocrático

A sociedade não pede obra definitiva em um dia — pede ação imediata e responsável. Antes da formalidade jurídica, vem o dever de proteção. A ponte do rio Paraguai é o limite entre a normalidade e o caos.
Adiar decisões agora é ampliar o risco depois.

Imagem: reparos ponte sobre o Rio Paraguai Foto Saul-Schramm

Fonte: https://www.capitaldopantanal.com.br/colunistas/artigos/se-a-ponte-cair-para-onde-iremos/518959