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Conquistar a tão sonhada Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Mato Grosso do Sul pode pesar — e muito — no bolso do candidato. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o estado tem o segundo maior custo médio para tirar a habilitação nas categorias A e B (moto e carro), com um valor que gira em torno de R$ 4.477,95.

Esse valor deixa o estado atrás apenas do Rio Grande do Sul, onde o processo completo pode custar até R$ 4.951,35.


📊 Ranking dos estados com a CNH mais cara

Segundo o levantamento da Senatran, esses são os cinco estados com os valores mais altos para obter a CNH:

  • 1º – Rio Grande do Sul: R$ 4.951,35
  • 2º – Mato Grosso do Sul: R$ 4.477,95
  • 3º – Bahia: R$ 4.120,75
  • 4º – Minas Gerais: R$ 3.968,15
  • 5º – Santa Catarina: R$ 3.906,90

🆚 Diferença de preços chega a quase R$ 3 mil entre estados

Na outra ponta do ranking estão os estados com os menores custos:

  • Paraíba: R$ 1.950,40
  • São Paulo: R$ 1.983,90
  • Alagoas: R$ 2.069,14

Essa variação mostra um cenário de desigualdade no acesso à habilitação no Brasil, com uma diferença de quase R$ 3 mil entre o valor mais alto e o mais baixo.


🚨 Preço elevado afasta milhões da habilitação

Uma pesquisa do Instituto Nexus aponta que 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação. Entre os que ainda não deram início ao processo, 32% afirmam que o custo é o principal impeditivo.

Outros dados preocupantes:

  • 80% consideram o valor da CNH abusivo
  • 66% acreditam que o serviço não corresponde ao preço cobrado
  • Entre famílias com renda de até 1 salário mínimo, 81% não têm habilitação
  • No Nordeste, 71% da população está sem CNH; no Norte, são 64%

📉 Governo propõe baratear processo de habilitação

Diante do alto custo, o Ministério dos Transportes elaborou um projeto que pode reduzir em até 80% o preço para obtenção da CNH nas categorias A e B. Entre as mudanças propostas:

  • Abertura do processo de forma digital, via site da Senatran ou aplicativo da Carteira Digital de Trânsito
  • Aulas teóricas presenciais, online ou por EAD, com flexibilidade para o aluno escolher
  • Fim da exigência mínima de 20 horas de aulas práticas, permitindo preparação com autoescola ou instrutor autônomo credenciado

A proposta também visa simplificar os processos para as categorias C, D e E, voltadas a motoristas profissionais.


💡 Tecnologia e digitalização como solução

O uso de plataformas digitais para conectar alunos a instrutores pode gerar maior competitividade, facilitar o acesso e ajudar a reduzir os custos, sem comprometer a segurança viária. Os exames teóricos e práticos seguirão obrigatórios para garantir a qualificação do condutor.

Atualmente, 161 milhões de brasileiros estão aptos a iniciar o processo de habilitação — mas muitos ainda enfrentam barreiras financeiras no modelo tradicional.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/brasil/cidades/ms-tem-a-2a-cnh-mais-cara-do-pais-com-custo-medio-de-r-4-477-95#goog_rewarded