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Com o feriado prolongado, muitos moradores da região de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, planejam viagens. Um dos destinos mais procurados é Santa Cruz de la Sierra, localizada a pouco mais de 600 km da fronteira brasileira. No entanto, quem pretende viajar para a região deve redobrar a atenção: Santa Cruz está enfrentando um surto preocupante de gripe, levando as autoridades locais a decretarem alerta sanitário vermelho.

📊 Casos em Alta e Situação Crítica

Segundo o boletim divulgado pelo Serviço Departamental de Saúde (Sedes), desde a 11ª semana epidemiológica foi identificado um aumento anormal nos casos de influenza, especialmente o tipo A, que se espalhou não só pela capital, mas por várias regiões do departamento.

De 1º de janeiro a 15 de abril, foram contabilizados 1.891 casos suspeitos, dos quais 1.031 testaram positivo, representando um aumento de quase 54%. Desses, 896 casos (87%) são de influenza A.

Entre as cidades mais afetadas, além da capital, estão:

  • Montero
  • Warnes
  • Pailón
  • San Julián
  • La Guardia
  • Cotoca
  • Vallegrande
  • Yapacaní
  • San Ignacio de Velasco
  • Guarayos

🧪 Vacinação Ainda É Desafiadora

Apesar de mais de 500 mil pessoas terem sido vacinadas durante a última campanha de imunização, a maioria dos infectados não havia sido imunizada, o que reforça a importância da vacinação, especialmente em surtos como este.

⚰️ Mortes Confirmadas e Pacientes em Avaliação

Até o momento, oito mortes foram atribuídas ao surto de influenza em Santa Cruz. Outras seis vítimas fatais, todas com mais de 60 anos, ainda estão em processo de avaliação pelas equipes de vigilância sanitária.

📋 Medidas Imediatas para Conter a Doença

Diante da situação alarmante, as autoridades de saúde implementaram uma série de ações preventivas e de controle, incluindo:

  • Emissão do alerta sanitário vermelho em todo o departamento.
  • Reforço da vigilância epidemiológica em todos os municípios afetados.
  • Criação de espaços exclusivos para atendimento de pacientes com sintomas gripais nos centros de saúde.
  • Higiene rigorosa, com incentivo ao uso de máscaras, lavagem constante das mãos e ventilação de ambientes.
  • Aplicação da resolução ministerial 001/2025 em escolas públicas e privadas, para controle e prevenção.
  • Coordenação com municípios para uso de protocolos atualizados de tratamento e notificação.
  • Orientação para que qualquer pessoa com sintomas procure atendimento médico imediatamente, evite automedicação e, se necessário, mantenha isolamento domiciliar por 5 dias ou use máscara de forma contínua.

Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=150377