
Mato Grosso do Sul se consolida como referência nacional em sustentabilidade e captura de carbono, mostrando que é possível aliar crescimento econômico à preservação ambiental. Em sintonia com o programa estadual Carbono Neutro 2030, o Estado avança e inspira outras regiões a adotarem estratégias concretas para enfrentar os desafios climáticos.
🌳 Iniciativas da UEMS em Aquidauana
Na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauana, surgem projetos que unem ciência, tecnologia e conservação ambiental. Essas ações promovem recuperação de áreas degradadas e incentivam uma produção sustentável que gera riqueza ao mesmo tempo em que constrói um futuro mais equilibrado.
Essas iniciativas estão alinhadas à educação ambiental e ao planejamento sustentável, reforçando o compromisso com datas importantes, como o Dia da Árvore (21 de setembro), momento voltado à conscientização ecológica.
🌱 PackSeed: Inovação na Recuperação de Áreas Degradadas
Entre os projetos de destaque está o PackSeed – Inovação na Dispersão de Sementes, desenvolvido em parceria com a startup EcoSeed. O objetivo é tornar a recuperação de áreas degradadas mais acessível e econômica, facilitando a aplicação da tecnologia a produtores e instituições que desejam reflorestar suas propriedades e contribuir para a fixação de carbono atmosférico.
🌳 Uso Sustentável do Louro-Preto
Outro projeto estratégico envolve o uso sustentável do Louro-Preto (Cordia glabrata), em parceria com a EMBRAPA Pantanal. A iniciativa abrange desde a produção de mudas e arborização de pastagens até a melhoria do bem-estar animal, buscando integrar árvores ao sistema pecuário e gerar benefícios tanto ambientais quanto produtivos.
🌾 Sistema ILPF: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
O projeto Sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) no Ecótono Cerrado-Pantanal avalia o potencial produtivo e a captura de carbono em áreas integradas, com destaque para o cultivo de eucalipto em ambientes pecuários.
Em sistemas ILPF com crescimento florestal de 20 m³ por hectare ao ano, estima-se a imobilização de 18 toneladas de CO₂ por hectare ao ano, apenas considerando o tronco das árvores – o que equivale à emissão média anual de nove automóveis por hectare. Além de reduzir gases de efeito estufa, o sistema melhora o clima para a pecuária e aumenta a sustentabilidade da atividade.
🌎 Silvicultura e Neutralidade de Carbono
Entre 2022 e 2024, pesquisas financiadas pela Fundect analisaram os efeitos da silvicultura no Estado. O estudo comprovou que o cultivo de eucalipto apresenta menor emissão de CO₂ pelo solo em comparação a outras práticas, além de maiores estoques de carbono. A adoção de sistemas integrados, como pecuária-floresta, amplia ainda mais os benefícios, unindo produção diversificada, bem-estar animal e preservação ambiental.
📊 Mato Grosso do Sul em Destaque Nacional
De acordo com dados da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), cinco dos dez municípios brasileiros com maiores áreas de florestas plantadas estão no Mato Grosso do Sul:
- Ribas do Rio Pardo: 463 mil hectares
- Três Lagoas: 331 mil hectares
- Água Clara: 182 mil hectares
- Brasilândia: 151 mil hectares
- Selvíria: 110 mil hectares
Somadas, essas áreas ultrapassam 1 milhão de hectares de florestas plantadas, colocando o Estado como 2º colocado no ranking nacional de área de florestas plantadas.
🌱 Conclusão
Com projetos inovadores, integração de sistemas produtivos e compromisso com metas ambientais, Mato Grosso do Sul reafirma seu papel de protagonista na agenda verde do Brasil. O Estado demonstra que é possível crescer economicamente enquanto se constrói um futuro mais sustentável, sendo exemplo para todo o país.
Fonte: https://diarionline.com.br/?s=noticia&id=153093