4 min 6 minutos

Mato Grosso do Sul deve receber cerca de R$ 15 bilhões em investimentos em rodovias nos próximos cinco anos, somando recursos públicos e privados. Diante desse volume de obras e da necessidade de preservar a qualidade das estradas, o governo estadual passou a avaliar a ampliação da cobrança de pedágios e outros modelos de financiamento para garantir a manutenção contínua da malha viária.


🚛 Aumento do tráfego pesado pressiona estradas

O estudo sobre novos pedágios ganhou força com a intensificação do tráfego de caminhões pesados, impulsionada pela expansão da produção de celulose, do setor de combustíveis e da mineração na região de Corumbá. Além disso, o Estado se prepara para o encerramento da arrecadação do Fundersul, mudança que deve ocorrer com a implementação da Reforma Tributária, exigindo novas fontes de recursos para conservação das rodovias.


🛣️ Obras prioritárias e frentes em rodovias estaduais

Entre as frentes consideradas prioritárias estão investimentos em importantes trechos rodoviários, como:

  • MS-320, entre Três Lagoas e a área da fábrica de celulose da Arauco
  • MS-338, entre Camapuã e Ribas do Rio Pardo
  • MS-436, ligando Camapuã a Figueirão
  • MS-289, entre Juti e Amambai
  • Trechos na região do Taboco, em Aquidauana
  • MS-444, em Selvíria
  • MS-355, entre Terenos e Dois Irmãos do Buriti
  • MS-316, entre Inocência e Chapadão do Sul

Essas obras fazem parte de um pacote que busca ampliar e modernizar a infraestrutura rodoviária estadual.


📊 Avanço da pavimentação em números

Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 11 mil quilômetros de rodovias estaduais. Em 2007, apenas 2,8 mil km eram pavimentados. Desde então, o ritmo de asfaltamento aumentou gradualmente, chegando atualmente a uma média estimada de 220 km por ano.

A meta do governo é alcançar cerca de 60% da malha pavimentada, o que representa aproximadamente 6 mil quilômetros, com possibilidade de crescimento ainda maior nos próximos anos.


🔧 Novo modelo une obras e manutenção

Com a ampliação da malha asfaltada, cresce também a necessidade de recuperar estradas mais antigas. Por isso, o Estado estuda novos formatos de contratos, que integrem execução das obras e manutenção permanente, reduzindo custos e evitando a rápida deterioração causada pelo tráfego intenso de veículos pesados.

Nesse cenário, a concessão de novos trechos à iniciativa privada e o pedagiamento passam a ser alternativas em análise para garantir sinalização adequada, conservação das margens e segurança viária.


🛤️ Rota da Celulose avança com concessão

O consórcio Caminhos da Celulose, vencedor do leilão para administrar cinco rodovias, já iniciou a estruturação no Estado. A concessão envolve 870 quilômetros de estradas, incluindo as MS-040, MS-338, MS-395 e trechos das BRs-262 e 267, com contrato de 30 anos.

O projeto prevê R$ 6,9 bilhões em investimentos, além de R$ 3,2 bilhões em custos operacionais, contemplando:

  • 146 km de duplicações
  • 457 km de acostamentos
  • 245 km de terceiras faixas
  • 12 km de vias marginais
  • 38 km de contornos urbanos

As praças de pedágio devem ser instaladas em cidades como Campo Grande, Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Bataguassu, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/economia/com-aumento-do-trafego-pesado-ms-estuda-expandir-pedagios-em-rodovias