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A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma Ação Civil Pública cobrando R$ 725 milhões de três fazendeiros, responsabilizados por queimadas que devastaram mais de 6 mil hectares no Pantanal, na região de Corumbá, a aproximadamente 420 km de Campo Grande. As áreas afetadas são terras devolutas da União, ilegalmente exploradas desde 2021, comprometendo a recuperação do bioma e agravando os danos ambientais.

Operação Contra Crimes Ambientais

A iniciativa faz parte do programa AGU Enfrenta, criado em 2024 para intensificar o combate a crimes ambientais em colaboração com a Polícia Federal e o Ibama. A investigação teve início com a Operação “Prometeu”, deflagrada pela PF em setembro de 2024, que identificou o uso de queimadas, motosserras e outros métodos ilegais para desmatamento e ocupação das terras, voltadas para a pecuária.

Destruição do Bioma Pantaneiro

Entre junho e setembro de 2020, os incêndios provocados consumiram vegetação nativa, permitindo a instalação de duas fazendas de aproximadamente 3 mil hectares cada. As propriedades possuem infraestrutura completa para a criação de gado. Vistorias realizadas pelo Ibama em 2024 confirmaram a continuidade das atividades irregulares.

Multa e Recuperação da Área

O prejuízo ambiental estimado pela AGU é de R$ 212 milhões por ano de infração. Além de solicitar o bloqueio de bens equivalentes ao valor, a ação judicial exige a elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) e a paralisação imediata das atividades que impeçam a regeneração da vegetação.

Fiscalização Rigorosa

A iniciativa da AGU representa um passo estratégico na preservação do meio ambiente e no enfrentamento dos crimes ambientais. A colaboração entre os órgãos de fiscalização fortalece as investigações e amplia a eficácia das ações judiciais contra os infratores.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/uniao-cobra-725-milhoes-de-fazendeiros-por-fogo-em-6-mil-hectares-no-pantanal